tradução de Marina Waquil
O que transforma dias banais em dias perfeitos? Quando o lúdico passa a ser apenas rotina? A resposta parece passar por Peter Handke, mas estaria em Faulkner, em suas cartas à sua amante Meta Carpenter, mantidas nos arquivos literários da Universidade do Texas.
Em um congresso, o jornalista espanhol Luis inicia um relacionamento amoroso com a arquiteta mexicana Camila. Ambos casados, verem-se uma vez ao ano e desfrutar de alguns dias perfeitos - do tipo em que vemos beleza em uma revoada de morcegos - poderia ser o arranjo perfeito, que lhes permitia continuar com seus amores de rotina. As coisas não saem como planejado, e Luis escreve sobre seus amores com sinceridade, encantamento e – algo infelizmente não tão comum em relacionamentos amorosos malfadados – respeito e consideração pelos envolvidos e seus desejos conflitantes.
Sabemos que todas as cartas de amor são ridículas. Aqui temos duas cartas inteiras e referências a várias outras. Universal do idílio à tentativa de evitar o fracasso, Bergareche lida de forma desmistificadora e, paradoxalmente, apaixonada sobre a matéria de um relacionamento amoroso e cativa o leitor ao deixar de lado o que e, sim, questionar como.
Londres, 1976
uma obra de Tatiana Ţîbuleac
tradução de Fernando Klabin
Acidez sem nunca perder a ternura
Veja maisuma obra de Elena Poniatowska
tradução de Nilce Tranjan e Ercílio Tranjan
Cartas de amor, abandono e arte
Veja maisuma obra de Irene Solà
tradução de Luis Reyes Gil
Singular, polifônico e fortemente telúrico
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