tradução de Marina Waquil
Estocolmo, inverno de 1962. Arturo Pomar, que um dia foi o menino prodígio espanhol, um peão nas mãos de Franco, encara Bobby Fischer, um jovem excêntrico e ambicioso, o peão estadunidense no xadrez político da Guerra Fria. Diante de um tabuleiro de xadrez, dois homens de mundos opostos se enfrentam. Mas nunca é apenas um jogo.
Tendo o jogo entre Pomar e Fischer como fio condutor, O peão traça a vida de numerosos peões dedicados a uma causa política na Espanha de Franco e nos Estados Unidos de Kennedy naquele turbulento 1962. Comunistas, trabalhadores, socialistas, membros da ETA, cristãos, republicanos, estudantes, falangistas, afro-americanos, pacifistas, indígenas, ativistas antinucleares, esquerdistas ou soldados cegamente obedientes. Pessoas que se sacrificaram diante de seus governos, pagando o preço da morte, da prisão, do exílio ou da solidão.
Como uma colagem estruturada nos 77 lances do jogo Fischer-Pomar, Paco Cerdà tece uma história original sobre o comprometimento pessoal, o xadrez e o poder de refletir sobre duas questões: o lugar ocupado pelos pequenos na História em letras maiúsculas e o sacrifício individual nas lutas coletivas.
Edição: 1ª edição (2025)
Idioma: Português
Capa comum: 256 páginas
ISBN: 978-65-87955-30-8
Dimensão: 14 x 21 x 1,3cm
Marina Waquil, porto-alegrense, é tradutora e doutora em Estudos da Tradução pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde também atua como professora no setor de espanhol. Traduziu, preparou e revisou diversas obras literárias, sobretudo hispano-americanas e espanholas. Nos últimos anos, tem-se dedicado a pesquisas de resgate de vozes literárias de mulheres latino-americanas desconhecidas no Brasil.
Para a Mundaréu traduziu O Peão, de Paco Cerda.