tradução de Sandra M. Stroparo
Com Uma saída honrosa, Éric Vuillard examina, com sua habitual meticulosidade e seu interesse em revelar a mecânica das sombras, as circunstâncias da saída da França da Indochina, parte distante de um império que incluía o que viria a ser o Vietnã, Camboja e Laos e onde a França fez bons negócios, sob a falsa capa de uma “missão civilizatória”. A cadeia de interesses que levará ao desastre da derrota francesa é contada de forma inquietante pelo autor, ganhador de diversos prêmios, dentre os quais o Prêmio Goncourt, em 2017. Depois de trinta anos de luta, as perdas do lado da França e dos Estados Unidos chegarão a quatrocentos mil mortos. Do lado vietnamita, são três milhões e seiscentos mil, ou seja, tantos quanto os franceses e alemães mortos durante a Primeira Guerra Mundial. Isso faz parte da "verdade monstruosa" que Éric Vuillard retrata.
Por que o escolhemos? Embora encerradas há décadas, as guerras coloniais continuam vívidas hoje em dia, com países ainda buscando “saídas honrosas”, seja de suas ex-colônias, como nos recentes embates entre a França, o Mali e o Níger, ou no caso dos Estados Unidos, que também teve de encontrar uma “saída honrosa” após a invasão do Vietnã e, mais recentemente, do Iraque e Afeganistão. Logo mais, uma “saída honrosa” provavelmente haverá de ser encontrada para a guerra da Ucrânia e, também, para a atual guerra que envolve Israel e a Palestina.
Edição: 1ª edição (2024)
Idioma: Português
Capa comum: 144 páginas
ISBN: 978-65-87955-20-9
Dimensão: 14 x 21 x 0,7 cm
Sandra M. Stroparo é professora da Universidade Federal do Paraná e tradutora, tendo feito seu doutorado sobre Mallarmé. Entre seus livros traduzidos estão Axël, de Villiers de L'isle-Adam, Canção de ninar, de Leïla Slimani, e A ordem do dia, de Éric Vuillard.
Para a Mundaréu traduziu Uma saída honrosa, de Éric Vuillard.
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