tradução de Federico Carotti
Ao se recusar a jurar fidelidade ao fascismo em 8 de janeiro de 1934, Leone Ginzburg é expulso da universidade. Pronunciando abertamente seu "não", se junta à Resistência. Enquanto o fascismo invade a Itália, este jovem intelectual que se posiciona abertamente contra o fascismo, funda uma editora, constitui uma família e termina seus dias assassinado em uma prisão, em Roma, em 1944.
Scurati alterna de forma muito hábil a história de Leone Ginzburg com capítulos dedicados aos Scurati e aos Ferrieri, ramos paterno e materno de sua família. Assim, de forma muito sensível, o autor mescla neste livro, a vida e a história de uma pessoa extraordinária, com uma estatura moral e intelectual sem igual, com pessoas contemporâneas desconhecidas do grande público, mas que tiveram que atravessar juntos os anos terríveis do fascismo.
Por que o escolhemos?
Antonio Scurati é, reconhecidamente, um dos mais renomados autores italianos da atualidade e, neste livro, trata de forma comovente dois atributos raros nos dias de hoje: integridade e ética. Demonstrando toda a atualidade do livro, Scurati aponta que, muito embora sua geração seja privilegiada em comparação à geração que vivenciou a guerra, seus membros sentem-se confusos e sem raízes, uma espécie de metáfora do fracasso da Itália em unificar-se sob uma bandeira de valores humanistas sintetizados pelas respostas dadas por Leone Ginzburg e dos seus colegas ao fascismo. Infelizmente, o atual fortalecimento de movimentos de extrema direita na Europa e tudo que os mesmos representam somente servem para corroborar as impressões de Scurati.
Prêmio Viareggio-Rèpaci (2015) e Seleção Campiello (2015).
Edição: 1ª edição (2024)
Idioma: Português
Capa comum: 320 páginas
ISBN: 978-65-87955-23-0
Dimensão: 14 x 21 x 1,6cm
Nápoles, 1969
Vencedor do Prêmio Strega 2019