tradução de Letícia Mei
“O prisma, a polifonia e o enquadramento são os elementos com os quais a francesa Violaine Bérot decide contar em Feito bestas uma história de violência e marginalidade a meio caminho entre o romance policial e a fábula.” — Carola Brandariz, Clarín
Em uma vila dos Pirineus franceses, como que por milagre, uma criança é encontrada saudável e segura dentro de uma gruta. A comunidade em choque tenta compreender o que teria acontecido. As suspeitas logo recaem sobre o filho de Mariette, um jovem de força sobre-humana e dom especial para lidar com animais, que há anos vive isolado com a mãe.
Com um ritmo tenso, tal qual uma investigação policial, os testemunhos dos habitantes da cidade que conheceram o rapaz em diferentes circunstâncias são intercalados com cantigas populares reveladoras. Bérot trata de violência institucional e intolerância a partir da figura iluminista do enfant sauvage e com contraponto do coro grego (aqui, um coro de fadas). Feito bestas é uma narrativa de interpretações, que desvela antigos traumas e nos confronta com temores latentes.Feito bestas foi lançado na França, em 2021, e, em 2023, recebeu o prêmio de Melhor Livro do Ano das Livrarias de Madri.
Edição: 1ª edição (2025)
Idioma: Português
Capa comum: 104 páginas
ISBN: 978-65-87955-39-1
Dimensão: 14 x 21 x 0,5cm
Letícia Mei é graduada em Letras (Português, Francês e Russo) na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, e mestra e doutora em Literatura e Cultura Russa pela mesma instituição com investigações sobre os poemas líricos longos de Vladimir Maiakovski.
Para a Mundaréu, traduziu Feito bestas, de Violaine Bérot.