Império Alemão, 1893-1939, Estados Unidos.
Dramaturgo, autor de sucessos de pública e crítica como Die Wandlung e Masse Mensch, Toller foi um dos expoentes do expressionismo alemão. Nascido em uma família judaica burguesa na parte oriental do Império Alemão – em território hoje pertence à Polônia, mas que no passado tinha relevantes enclaves populacionais de língua alemã -, Toller narra cenas de sua infância que nos remetem ao filme A Fita Branca (2009), de Michael Haneke, com episódios de intolerância religiosa, crueldade contra vulneráveis – seja um filhote que involuntariamente desobedece aos comandos do dono, seja um doente a quem é negada assistência –, xenofobia e segregação social.
Inflamado pelo patriotismo, alistou-se voluntariamente na Primeira Guerra Mundial, mas ao longo da guerra tornou-se ferrenho pacifista. Teve papel importante na Revolução Alemã – chegou a ser, por alguns dias, presidente da República Conselhista da Baviera –, razão pela qual foi acusado de alta traição e condenado a cinco anos de prisão.
Com a ascensão do regime nazista, em 1933, exilou-se incialmente na Inglaterra e depois nos Estados Unidos. Com dificuldades de adaptação no exterior, profundamente desapontado com o reconhecimento internacional do governo do ditador fascista Francisco Franco, que havia contado com o apoio militar dos nazistas na Guerra Civil Espanhola, e angustiado pela notícia de que seus irmãos haviam sido enviados a campos de concentração, cometeu suicídio em 1939, em Nova Iorque.
A Mundaréu publicou sua autobiografia Uma juventude na Alemanha.
uma obra de Ernst Toller
tradução de Ricardo Ploch
Uma juventude em tempos extraordinários
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